No último domingo, 24 de março, o Rev. Djilas foi convidado para participar das festividades de aniversário da IPB de Mangabeira, onde também compartilhou a Palavra de Deus na pregação do culto vespertino. Reencontrando o Rev. Eudes Alves, atual pastor da igreja e professor do CERP na primeira turma de teologia (2007/08) em João Pessoa, teve também a alegria de rever outros irmãos que foram alunos do CERP nesta época. Foi um momento de alegria, recordações e divulgação para a igreja local dos cursos de 2013, com uma boa receptividade da igreja para com a atual fase do seminário.
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Rev. Djilas pregando a Palavra de Deus
Missionária Rita e Rev. Djilas com Rev. Eudes professor da 1a turma.
Rev. Djilas e Missionária Rita com aluno da 1a turma Raimundo
Assunto: II Tessalonicenses
Texto base: O Novo Testamento - sua origem e sua análise.
TENNEY, pgs. 295-298
Propósito: Conscientizar que tal epístola é completa em
conteúdo doutrinário para a igreja primitiva sobre assuntos da escatologia.
Método: expositivo-interativo
INTRODUÇÃO:
O
propósito de Paulo era combater a idéia incorreta de que o dia de Cristo se
encontrava já perto cronologicamente, estabelecendo critérios definidos para os
tessalonicenses reconhecerem a aproximação do dia do Senhor - 2 Ts 2.2
O
problema gerador da epístola provavelmente foi uma má compreensão da doutrina
da escatologia, feita pela pregação e alusão de Paulo na 1a epístola. É também
certo que havia ensino desta doutrina por parte de uma fonte espúria, e Paulo
está, certamente, repudiando qualquer doutrina falsamente atribuída a ele por
outras pessoas - 2 Ts. 2.2
APRECIAÇÃO
1)
critérios fáceis de compreensão naqueles dias tanto para Paulo quanto para os
tessalonicenses, não são fáceis ao nosso entendimento atual. Ex. "o que o
detém" é de dificílima interpretação - 2 Ts. 2.6-7
2)
Basicamente são acontecimentos principais que pressagiarão a volta do Senhor:
a)
Súbita aceleração do afastamento da santidade - 2 Ts. 2.3
b)
Remoção de qualquer influência impeditiva - 2 Ts. 2.6-7
c)
revelação completa da encarnação do mal animada por Satanás, opondo-se e
exaltando-se a si própria acima de tudo que se chame Deus - 2 Ts. 2.4,9
3)
O mistério da iniqüidade e o mistério de Cristo se desenvolvem paralelamente,
de modo velado no mundo, sendo que por fim uma colisão inevitável leva Cristo a
triunfar no seu regresso pessoal à terra.
4)
Cap. 3: exortação ao trabalho e dignidade cristã - 2 Ts. 3.6-11. Tal repreensão
se deu, pelo fato de um grupo de Tessalonicenses terem abandonado seus
trabalhos, a fim de aguardarem ociosos pelo aparecimento de Cristo, que os
libertaria dos males e tensões deste mundo.
5)
A palavra "tradição" empregada por Paulo - 2 Ts. 2.15; 3.6.
a)
Significa um conjunto de doutrinas que eram pregadas oralmente, e foram
preservadas e formuladas com exatidão. Incluía também preceitos éticos,
constituição de regra de conduta que os irmãos tessalonicenses podiam seguir -
3.6
b)
Sua autoridade era reivindicada como mensagem de Deus - 2 Ts. 3.14, compare com
1 Ts. 2.13
CONCLUSÃO:
Em
I e II Tessalonicenses estão representadas, praticamente, todas as principais
doutrinas do catálogo da fé, contendo um corpo bastante completo de ensino
teológico.
Rev. Djilas de Abreu
Assunto: Epístolas Paulinas: Tessalonicenses
Texto: O Novo Testamento - sua origem e análise,
TENNEY, pgs. 291-295
Propósito: mostrar que estas epístolas já tratam em sua maior
concentração, na resolução de problemas de cristãos gentios nas igrejas do
mundo greco-romano.
Método; expositivo - interativo
Conteúdo
1) Chamada
da Macedônia - Atos 16.9 - * evangelização da Europa e do mundo ocidental
pela resposta à chamada.
*
apoio de Lucas à comitiva (At.16.10, pronome na 1a pessoa do plural).
* Filipos (At. 16.12ss)
* Tessalônica
(At. 17.6)
-
centro comercial... Colônia judaica tinha sinagoga onde Paulo pregou 3 semanas:
O Messias das Escrituras devia morrer e ressuscitar dos mortos...Jesus de
Nazaré era o Messias (17.3)...Logo, todo verdadeiro judeus deve aceitá-lo
imediatamente.
-
opiniões divididas entre os judeus (um pequeno grupo creu)... Grande reação
favorável entre os gregos prosélitos. Surge tensão entre os conversos e os
judeus que rejeitaram o evangelho. Oposição intensa aos evangelistas que fogem
da cidade para Beréia... Igreja tessalonicense floresceu, e Silas com Timóteo
ficaram ali para completar a obra...
-
Timóteo leva-lhe notícias em Atenas da agitação e aflição da igreja macedônica
na prova da tentação, e Paulo o manda voltar
e encorajar a igreja a preparar um relatório quanto à maneira como ela
resistia à prova - 1 Ts. 3.1-5.
2) As
Epístolas aos Tessalonicenses
Algum tempo depois
(+ou- 1ou 2 anos) quando Paulo está em Corinto, Timóteo leva-lhe o relatório
com o nome de Silas (1a Epístola oriunda deste) e alguns meses depois, outras
indagações da igreja originando a 2a epístola.
a) Estas
Epístolas aos Tessalonicenses apresentam a primeira discussão pormenorizada
sobre o regresso de Cristo ao mundo. Não obstante o assunto ter sido focado
rapidamente por Pedro (At. 3.21), pelo próprio Paulo (At. 17.31) e Tiago (Tg.
5.7-8).
b)
Conteúdo de 1a Tessalonicenses:
-
louvor pela firmeza dos tessalonicenses frente às perseguições dos judeus e
autoridade apostólica pastoral de Paulo (caps. 1-3);
-
correção de erros e mal-entendidos entre eles sobre moralidade sexual, conduta
social e escatologia. (caps. 4-5)
-
problemas na epístola são dificuldades dos conversos gentios quanto à
fornicação e ociosidade (4.12)
c) Sobre
a 2a vinda:
- é
provável que os tessalonicenses já conhecessem sobre o assunto da parusia
quando das 3 semanas que Paulo pregou por lá, e dos ensinamentos de Silas e
Timóteo na igreja (1 Ts. 4.15; 5.4 - recorrendo a Jesus em Mt. 24.43; Lc.
12.39-40).
- a
preocupação dos tessalonicenses quanto aos crentes que morriam é tratada ao
falar sobre o arrebatamento dos vivos e ressurreição dos mortos (1 Ts.
4.13-18). Criam que Jesus viria, mas o que aconteceria com os que morreram
antes da sua volta?
- o
desejo de saber o tempo exato da Parusia. A resposta paulina é de que a
consciência espiritual se sobressai à especulação neste assunto. Despertamento,
atividade, expectação constante pela volta do Senhor resolve o problema do
desconhecimento do dia escatológico (1 Ts. 5.1-11).
Rev.
Djilas de Abreu
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Aula 01 – 01/03/2013
Assunto: Epístolas Gerais – Tiago
Propósito: Elucidar a respeito das cartas neotestamentárias
terem sido escritas, com o propósito de resolver questões relativas às
comunidades do cristianismo primitivo.
I – UM PROBLEMA PROFUNDO: TENSÃO LEI X
FÉ.
A)
A Assembléia (Concílio) de Jerusalém reuniu-se em 49 a .D. conforme nos relata
Atos 15, para tratar da controvérsia em torno da circuncisão de gentios que se
convertiam à fé cristã. Foi consignado no concílio como inadequada a circuncisão,
apesar de algumas concessões feitas frente a outros preconceitos judeus.
B)
Na mentalidade cristã da primeira metade do século I, surgiam algumas questões
que determinaram a escrita da carta de Tiago. Tais questões eram: Qual o lugar da lei no plano de Deus? Para a
salvação seria necessária a obediência à lei além da fé em Cristo? Qual a
relação entre salvação pela fé e a ética do comportamento? Qual a ligação
existente entre a fé e as obras?
II – A EPÍSTOLA DE TIAGO
A) Escrita num momento em que a igreja ainda se situava
dentro da esfera geral do judaísmo, sendo conhecida por todo o império romano
como seita judaica.
B) As doze tribos dispersas são os destinatários da
carta (1.1), mostrando claramente que eram judeus cristãos os que precisavam de
elucidação, a respeito do problema controverso efervescente na época.
C) Segundo alguns estudiosos (Tenney, Gundry) é mais
provável ter sido esta epístola escrita e enviada por Tiago aos judeus cristãos
no período entre 45-50 a .D.
D) O autor dessa epístola, que se denomina Tiago (Mc.
6.3), é entendido através de três teorias como sendo:
1) Um filho de José, marido de Maria, de um casamento
seu, anterior ao realizado com ela.
2) Um filho de José e Maria, sendo, portanto, meio irmão
de Jesus (mais aceita entre evangélicos).
3) Um parente próximo de Jesus - um primo - a quem a
cultura judaica pode igualmente denominar irmão.
E) Sobre Tiago, meio irmão de Jesus, as Escrituras nos
mostram:
1) Que não era um crente durante o ministério de Jesus
(João 7.2-8);
2) Que foi testemunha ocular da ressurreição de Jesus (1
Cor. 15.7);
3) Que aguardava a descida do Espírito Santo em
Pentecoste (At. 1.14);
4) Que assumiu a direção da igreja de Jerusalém (Atos
12.7; 21.17-26);
5) Que era assaz apegado à lei judaica (Gl. 2.12);
6) Que não se opôs ao ministério de Paulo, pelo
contrário, reconheceu e apoiou o apóstolo dos gentios (Gl. 2.9-10);
F) O propósito: promover vida ética prática entre os
cristãos da igreja primitiva.
G) Os problemas a serem solucionados: Hipocrisia no meio
cristão, assemelhando-se ao modelo farisaico (Tg. 2.18). Esse protesto de Tiago
enfatizava a necessidade de manifestação da fé cristã pelas obras (2.21-24),
com a tese clara que a fé se manifesta na
obediência da lei. Isso para alguns mestres na história da Igreja cristã
não foi bem entendido, tanto que Lutero vendo tais afirmações de “justificação
pelas obras” chamou a epístola de “epístola de palha”.
III –
CONCLUSÃO
O princípio da justificação pela fé exposto por Paulo
(exemplo dado por Abraão em Rm. 4) e o princípio de justificação mostrada nas
obras exposto por Tiago (exemplo de Abraão em Tg. 2) não são dialéticos ou
contraditórios. Eles são complementares, com a confirmação de que na
vida cristã legítima, as obras realizadas testemunham uma fé salvadora recebida
graciosamente de Deus.
Rev. Djilas de Abreu