Continuação do Congresso Vida Nova

Posted by cerp On terça-feira, 29 de março de 2011 0 comentários



Jonas Madureira falando sobre o Niilismo enfoca a marca que este tem colocado na cultura ocidental, principalmente na literatura. Esta tem objetivado assumir a intenção de livrar-se do desejo de sentido nas coisas, conforme analisa o filósofo irlandês Samuel Becket, citado por Madureira. A proposta niilista está em mostrar o cansaço pela busca da razão de ser, com a premissa do filósofo francês Jack Derridá, que afirma que o ocidente é logocêntrico, ou seja, todo homem ocidental construiu seu ambiente de vida em torno da razão, e se faz muito necessário livrar-se disso, pois há um sentido somente no não sentido. Madureira, também cita a análise de um dos professores de Filosofia da USP, Carlos Alberto Ribeiro de Moura, discorrendo sobre o assunto: "Os valores supremos como Deus, bondade, justiça, etc., se desvalorizaram, o universo aparece desvalorizado, carente de sentido.


Madureira aborda também nesta temática, a necessidade do cristão reconsiderar o conceito de idolatria. Analisando a questão vê o ídolo sendo um artefato do coração humano, qualquer coisa pode ser convertida como um ídolo, um ídolo é qualquer coisa que absorva mais seu coração do que Deus, qualquer coisa que você olhe e diga, no fundo do seu ser: "se eu tiver isso, sentirei a realização", é a necessidade de ter algo além, de conquistar algo além.


Após falar sobre a autoridade da Escritura como uma questão essencial para a vivência cristã no mundo niilista, Madureira  encerra falando sobre a necessidade da teologia na vida humana. Comentando orações escritas por Justino Mártir e Agostinho, conclui que a teologia precisa enxergar Deus dentro dos critérios de Deus dados na Escritura, e não nas imagens que construímos Dele a partir de nós mesmos. Sua mensagem quanto ao fazer teologia é que essa é por demais necessária em face de nossa necessidade de uma perspectiva de Deus, mas que nossa teologia precisa de cabresto. Nossa teologia deve ser uma serva submissa à Palavra de Deus.


Muito bem, estes três dias de Congresso foram bastante enriquecedores para quem estava procurando uma maior dimensão do Reino de Deus a partir da reflexão teológica. Grudem foi simples e de extremo zelo pastoral pelos ouvintes. Ferreira bastante preciso na terminologia teológica, e erudito com seu estilo reformado e piedoso. Madureira apesar de falar sobre um assunto bastante subjetivo e abstrato, foi um profeta que particularmente a mim, levou-me a um quebrantamento pelo qual  há alguns anos não experimentava em minha experiência de discipulado com Jesus Cristo. Parabéns aos organizadores do Congresso em João Pessoa, e toda glória seja dada ao SENHOR que derramou tantas bençãos sobre todos os seus filhos que participaram com o coração aberto para Ele.

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